Fiquei totalmente estarrecida ao assistir um programa de televisão, no qual, havia uma mulher viciada em cachorros. Sim, em cachorros...
Ela trata animais muito melhor do que aos seres humanos e posso jurar que eles (cachorros) vivem bem mais prudentemente do que muitas pessoas por aí...
Eles têm cama, direito intransferível ao lugar mais confortável da casa, comida preparada na hora, enquanto, os entes de sangue da moça têm que se contentar com os "fast-foods" da vida. E, essas são só algumas regalias, entre as milhares de outras que os animaizinhos têm naquela casa. Ah, sem contar que recebem amor e atenção vinte quatro horas por dia...
Pensei, cá com meus botões, essa mulher não deveria existir! Como pode alguém ser assim? E fiquei indignada, enojada e totalmente repugnada com o que estava vendo...
Deixando bem claro que não tenho nada contra o amor aos animais. Amo eles e acho que são seres vivos que merecem respeito, consideração e carinho. No entanto, não é nem um pouco justo, cachorros terem a vida de humanos com tantos seres, realmente, humanos passando necessidades por aí. Ressaltando, que cachorros não tem tantas necessidades quanto, nós, homens...
Ao primeiro momento achei inadmissível aquilo. Totalmente revoltante, enquanto existe “trilhares” de pessoas passando fome, cachorros vivendo como reis. Não, isso não é justo! E continuará não sendo sempre. Porém, ao final do programa, ela deixou escapar: “amo os meus cachorros,porque eles nunca me decepcionaram!”...
E, foi aí que cheguei à conclusão de que ela era uma infeliz. Coitada, vítima das feridas que a vida nos causa. Como posso sentir raiva de uma pessoa assim? Uma pessoa que com total certeza já foi muito machucada, que deve ter sofrido traumas irreparáveis, além de ter “apanhado muito na cara” até se tornar essa pessoa gélida, insensível, e sem consideração alguma aos outros.
E, é aí que penso: quantas pessoas se tornam o que são, pelos acontecimentos desse nosso mundo injusto, louco e capaz de destruir pessoas e construir verdadeiros monstros?
terça-feira, 9 de novembro de 2010
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